sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PowerGirl descansando....

Muita gente estava esperando por essa aqui, eu comecei a fazer essa aqui com o Corel Photopaint IX, mas no caminho eu consegui o Photoshop CS3 e resolvi recomeçar do zero, com um resultado muito acima do que eu esperava. A parte boa disso tudo é que estou me desatolando de trabalhos pendentes por falta de tempo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MATTE PAINTING?

Metrópolis (1927), de Fritz Lang.

Matte-painting, uma vez comentei que estava aprendendo sobre isso com um amigo meu e ele disse: O que é isso?. Uma coisa interessante sobre essa técnica usada desde o início do cinema é justamente que ninguém saiba que ela está lá, talvez seja este o maior elogio que o público possa fazer ao trabalho desses profissionais.

Consiste na criação de uma pintura sobre uma superfície, normalmente uma placa de vidro, que deve interagir com o cenário onde se encontra o ator. Essa pintura tem a função de expandir o ambiente em determinadas situações em que seria muito caro criar o cenário na realidade, ou seja, só pode ser usado em cinema.


Os técnicos trabalham na animação e nas maquetes com a gigantesca pintura ao fundo

Provavelmente o primeiro trabalho com essa técnica que se tem notícia tenha sido o filme Missions of California feitas pelo artista Norman Dawn em 1907. Algumas bem notórias são Metrópolis ( 927) onde Fritz Lang usou a combinação de pinturas em vidro e de fundo com animação em stop motion para criar sua fabulosa cidade do futuro. Podemos citar outros exemplos como a Xanadu de Charles Foster Kane em Citizen kane (1941).

O mestre Alfred Hitchcock sempre foi um freguês assíduo desta técnica, especialmente porque ela lhe permitia filmar em estúdio sem os contratempos típicos da filmagem em locação e lhe permitia um controle maior sobre tudo dentro de suas obras, seu artista predileto era Albert Whitlock

Rebbeca - A mulher inesquecível


Cena final de Os Pássaros pintada em vidro por Albert Whitlock


Outro momento de Os Pássaros, apenas o centro da cidade é estúdio.

Uma técnica que permite baratear uma produção, o Matte Painting sempre foi figura carimbada em grandes produções, Ben-hur (1959) de Willian Wyler fez grande uso desta técnica, como a maioria dos épicos anteriores e que vieram depois mas com certeza uma dos mais notórias foi a série Star Wars (1977 - 2006) que abrangeu a transição desta técnica, de vidro pintado para pintura digital.

Essa transição se deu em meados dos anos 80 com a inclusão crescente de computadores na arte cinematográfica. Uma das primeiras foi em The Young Sherlock Holmes (O Enigma da Pirâmide, 1985) em que o artista Chris Evans fez uma pintura em acrílica sobre vidro de um cavaleiro em um vitral. Esse vitral mais tarde foi escaneado nos estúdios da LucasFilm que usou um programa chamado Pixar para aplicar a pintura a uma placa virtual que mais tarde seria inserida na filmagem e se tornaria uma cena em que a figura salta do vitral para atacar sua vítima. Era uma coisa que era impossível de se fazer com o matte-painting tradicional.

Da escola antiga dessa arte temos Norman Dawn, Walter Percy Pop Day, Harrison e Peter Ellenshaw, Matthew Yuricich, Ralph McQuarrie e muitos outros. Hoje com o advento da tecnologia digital o uso da pintura manual está quase em desuso, mesmo porque sua técnica era bastante trabalhosa, imagine ter de levar uma enorme placa de vidro para uma locação inóspita e mantê-la intacta e sem um arranhão sequer, para quem quiser uma opinião profissional procure esta entrevista com Arturo Uranga, um dos mais profílicos artistas dessa técnica no Brasil. O Matte Painting atual é 50% Photoshop e 50% Imaginação. Acho que nem preciso citar exemplos de filmes que mostraram o avanço na qualidade dessa técnica graças à possibilidade de se trabalhar em cima de referências fotográficas de alta resolução. Pra se ter uma idéia, uma única placa usada para ilustrar uma cena de Naboo em Star Wars – Episódio III: A Vingança dos Sith tinha 25000 pixels de resolução.

Exemplos de Mattes da nova geração.


Hoje em dia existem muitos cursos lá fora para esse tipo de técnica, livros, dvd’s e tutoriais sobre o assunto na internet bastando para isso digitar Matte Painting. Nos meus favoritos há alguns links para sites para que tiver interesse no assunto.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

All hail Miyazaki!!

Um dos artistas que mais admiro, não apenas pela sua capacidade com o storytelling, mas pela beleza visual de suas obras é sem dúvida Hayao Myiazaki. O backgrounds de suas animações em sua maioria feitos à mão são quase todos de autoria de Kazuo Oga que consegue transpor para a cena toda uma sensação de imersão naquele ambiente onde se passa a história, tudo isso explorando uma regra simples: a relação da luz com o ambiente, desde a separação entre claro e escuro até a forma como a luz afeta as cores do ambiente e como cria sombras através das formas sólidas que a anulam, isso é algo que eu persigo como meta e espero um dia chegar a um resultado pelo menos próximo do mestre Kazuo.
Aqui temos uma amostra de seus trabalhos em livro, clara referência para a cena que fiz mais acima no photoshop CS3, meu trabalho ali está mais para o que se costuma chamar de "Speed paint", um tipo de pintura em que conta o resultado em função do tempo. Esse trabalho é uma capa para uma cartilha sobre como evitar a malária. A intenção é mais ilustrativa, atrair a atenção do público alvo. Espero ter conseguido... :)

Até a próxima...